Algo encantado é algo que consegue “cantar para dentro”, assim como é encantador o processo musical que traz a cura para aflições mentais individuais e coletivas. Desde que o mundo é mundo, pegando por exemplo os primórdios da civilização grega, a música já era tida como tendo poderes mágicos.
Morfologicamente, encantar vem do Latim, INCANTARE, “lançar um feitiço contra alguém”, formado por IN-, “em”, mais CANTARE, “cantar”, aqui mais com o sentido de “emitir palavras mágicas”.
Curioso que o alinhar das palavra mágicas com a melodia causam um encantamento, tanto no ouvinte quanto no cantor, que opta por se aperfeiçoar naquilo que originalmente o encantou!
A música foi e ainda é muito utilizada para cultos religiosos, por meio de repetições de palavras mântricas, com o intuito de alcançar a paz interior. Hoje em dia, temos um estudos interdisciplinar chamado Musicoterapia que, através das suas ferramentas – seja ouvir uma música, cantá-la ou tocá-la – busca trazer paz ao paciente. O mais interessante em tudo isso é que ocorre sem juízo de valores! A música certa é a música que o paciente gosta. Ouvir, cantar ou tocar algo que gosta é, acima de tudo, fazer algo bom por você mesmo/a. E a magia de mudar seu estado de ânimo para melhor começa daí!